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12 de julho de 2010

Desafio aos Ajudantes da Acção Familiar

Tendo em atenção, a riqueza de trabalho que as/os Ajudantes da Acção Directa do distrito de Braga têm vindo a desenvolver no seu quotidiano profissional junto das famílias beneficiárias do RSI, pareceu-me interessante tornar mais visível esta intervenção.

Assim, foi apresentado ao grupo presente um desafio: relatarem algumas dessas experiências, realçando os aspectos mais positivos e também os negativos mas todos de grande significado para si próprias e para toda a equipa em termos pessoais e profissionais.

Em conjunto, adoptou-se a seguinte metodologia de trabalho: designar uma problemática que ao longo de um mês serviria de motivo para que as AAD pudessem relatar histórias de vida de famílias que estariam ou já estiveram a ser acompanhadas pelas equipas, servindo este espaço, de reflexão sobre as metodologias de trabalho utilizadas.

Assim, definiram-se para cada mês, até ao final do ano, as seguintes áreas de intervenção:

JULHO – HABITAÇÃO

SETEMBRO – SAÚDE CORPORAL (higiene, beleza e estética)

OUTUBRO – ALIMENTAÇÃO (alimentação saudável, organização, confecção de refeições)

NOVEMBRO – GESTÃO ORÇAMENTAL

DEZEMBRO – LAZER E CULTURA

AS AAD de Guimarães e Vizela desafiam todas as colegas do distrito e não só, a participarem neste espaço de partilha de experiências e de valorização do seu trabalho.




GAAS da Casa do Povo de Fermentões

Trabalho no âmbito das melhorias habitacionais:

Desde o início do trabalho no terreno com famílias, a equipa do GAAS de Fermentões, tem trabalhado bastante a área da habitação. Fez-se recolha de bens (móveis, roupas de cama e utensílios diversos) na comunidade que foram distribuídos conforme a necessidade das famílias e com a urgência que estas apresentavam, tornando desta forma a respectiva habitação mais funcional e confortável.

Ana Maria Cardoso

Família A:
No início da intervenção junto da família A, o espaço habitacional encontrava-se sujo e desorganizado, com espaços confusos e móveis em excesso.
Através do uso de alguns instrumentos de trabalho como por exemplo Plano de Limpezas, conseguiu-se envolver todos os 4 elementos da família. Foi sugerido a eliminação de móveis em excesso para o espaço ficar mais funcional. Junto da comunidade adquiriram-se uns sofás, visto que, havia ausência dos mesmos, loiças, cortinados, roupas de cama etc. A família foi colaborante e conseguiu-se uma mudança positiva e a continuidade do trabalho desenvolvido. Negociou-se com os filhos, eliminar o excesso de brinquedos (muitos deles danificados) existentes no quarto destes, o mesmo aconteceu ao excesso de roupas sem utilidade.
No decorrer destas várias intervenções, senti algum receio que a família resistisse à mudança, pois podiam encarar como radical. Compreendi que temos que acompanhar o ritmo da própria família, percebendo quer os avanços quer os retrocessos da mesma.

Maria de Belém Freitas

Família B:
Iniciei uma intervenção numa habitação de uma família composta por dois elementos adultos, um dos elementos estava acamado devido a problemas de saúde.
A habitação encontrava-se muito desorganizada com ausência de móveis e pouca higiene.
Conseguiu-se junto da comunidade a doação de móveis bem como vizinhos para ajudar na pintura da habitação no seu interior. Após a pintura do interior e reposto o mobiliário, arranjaram-se cortinados e outros objectos, tais como um cesto para a roupa suja, caixote do lixo, estendal.
As condições da habitação melhoraram significativamente quer com a ajuda de um dos elementos da família quer com a ajuda dos vizinhos. A partir desse dia as intervenções tiveram progressos mais significativos e o objectivo proposto foi alcançado com sucesso, tendo em parte dado continuidade à supervisão na manutenção das condições conseguidas.

Sara Silva

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