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25 de fevereiro de 2010

Breakdance - Empreendedorismo Social

Global Changemakers é uma comunidade de jovens activistas apoiada pelo British Council que dá voz aos problemas mundiais através de uma acção em rede que se quer, e é hoje, global e efectiva. Para representar esta força empreendedora e defensora da mudança - com menos discursos e mais acção -, seis destes activistas foram este ano, a exemplo dos anteriores, ao 40º Encontro Anual do Fórum Económico Mundial (FEM), que decorreu em Davos, na Suíça, entre 27 e 31 de Janeiro.
João Brites tornou-se, em Londres, num dos participantes mais originais, justamente porque "dançar breakdance por uma causa é original, engenhoso e muito eficaz", como disse à revista Visão a directora de projectos comunitários do British Council, Gabriela Jaeger, acrescentando: "é uma estrela. Vimos vídeos de mil candidatos e o do João ficou logo na memória". Motivação é o que corre nas veias deste activista português que percorre com o seu grupo de breakdance, os In Motion, bairros nos subúrbios de Lisboa para fazer chegar às comunidades de jovens mais problemáticas a dança como alternativa à violência e à criminalidade. Como diz João, mostrar que é possível resolver os problemas representa um escape para os jovens destes bairros. João quer fazer a diferença - e já a está fazer -, mas pela via do empreendedorismo social e nunca o da política, para não ter de "abdicar dos meus princípios para ter poder", disse à mesma fonte. O caminho faz-se com inovação para conseguir uma sociedade mais justa, e em rede, acredita.
Através da dança, da música ou da escrita, os mais novos participantes do Encontro de líderes globais em Davos levaram na bagagem muitas ideias para transformar o futuro.
Com um currículo preenchido, este jovem estudante de gestão na Universidade Nova de Lisboa dedica-se também ao voluntariado e ao empreendedorismo social, por exemplo a favor do Desporto, actividades que concilia com o breakdance, na In Motion Crew. Optimista por natureza, acredita na mudança pela positiva. É mesmo por isso que faz parte do grupo de jovens activistas sociais que, apesar de terem apenas entre os 16 e os 25 anos, defendem as suas ideias com a convicção de quem pode transformar a causa das coisas, até porque já transformaram algumas, com a sua intervenção social. Para o jovem português de 19 anos, "é agora tempo de partilhar e pôr em prática todos os conhecimentos adquiridos, em benefício de uma "acção real", a favor da mudança. Por isso, divulga no facebook: "não percam o próximo episódio. Porque nós não vamos faltar".

Por uma mudança social positiva.

Para enfrentarem os desafios que o futuro lhes reserva (leia-se, os que a actual geração lhes deixa em herança), os jovens devem estar preparados para contribuir para uma mudança social positiva e para o fortalecimento do papel da sociedade civil no Ambiente global. É este princípio basilar que move a acção do movimento Global Changemakers, comunidade de jovens activistas que desenvolvem trabalho voluntário e acções de empreendedorismo social, através de um leque alargado de redes locais e internacionais. Objectivos: influenciar afirmativamente as comunidades onde actuam; e fazer lobbying positivo, passando a mensagem da mudança por um mundo melhor junto das esferas de decisores políticos, a diversos níveis.
João Brites, Portugal: percorre bairros periféricos de Lisboa para motivar adolescentes e jovens a enfrentarem situações de exclusão social e de pobreza. Acompanhado pelo seu grupo de breakdance, In Motion Crew, é com a convicção de quem quer construir um Novo Mundo que mostra a estes jovens carenciados que existem alternativas para a violência e para a criminalidade. Mais conhecido por B-boying, este estudante de Gestão defensor da mudança pela positiva - a partir do activismo e do empreendedorismo social - foi o primeiro estudante português a representar a juventude mundial no Fórum de Davos.

por GABRIELA COSTA em VER

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