"Em Portugal, 1 em cada 3 mulheres é vítima de dois ou mais actos de violência, ocorrendo estes actos, na sua maioria, no espaço doméstico. “A Violência Doméstica não é um fenómeno novo, nem um problema exclusivamente nacional”. As Nações Unidas assinalam o fenómeno um pouco por todo o mundo, o qual tem vindo a ser praticado através dos tempos, mesmo em países cultural e geograficamente distintos. “Em nenhum país do mundo as mulheres são tratadas de forma igual aos homens. A violência surge, pois, como um exercício de poder arbitrário do mais forte sobre o mais fraco” (Plano Nacional contra a Violência Doméstica, 2007-2010).
Apesar da Violência Doméstica atingir igualmente crianças e idosos, as estatísticas mostram que as mulheres continuam a ser o grupo alvo onde se verifica a maioria das ocorrências de situações de Violência Doméstica, que neste contexto, se assume também como uma questão de violência de género.
As mulheres vítimas de violência, são mais vulneráveis a perturbações emocionais e inclusive risco de suicídio, recorrendo com mais frequência a consultas de psiquiatria e aos serviços dos hospitais.
Face a esta realidade, importa intervir e adoptar medidas de combate e prevenção da violência exercida sobre as mulheres. É essencial, de acordo com o Plano Nacional contra a Violência Doméstica, apostar na formação, qualificação e especialização junto dos profissionais da polícia, saúde e educação.
Com esta formação, pretende-se sensibilizar e educar para a problemática da Violência Doméstica, dotando-se os participantes de conhecimentos e competências práticas de intervenção junto das vítimas, no sentido da reinserção e prevenção da revitimização."
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