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21 de abril de 2010

Encontro dos GAAS do concelho de Braga

Realizou-se no dia 16 de Abril no Centro Social e Cultural de Sto. Adrião um encontro com todos os técnicos superiores dos GAAS do concelho de Braga, com o objectivo de se efectuar um balanço do acompanhamento que o NQFT tem vindo realizar junto destas equipas, e consequentemente auscultar as mesmas das suas actuais necessidades, procurando para o efeito modalidades mais adequadas de acompanhamento.
Estiveram presentes quase todos os técnicos dos Gabinetes, assim como, a Dra. Luísa Costa directora do NQDF do C. Distrital de Braga e a própria enquanto técnica de apoio a este Núcleo.

Para a realização deste encontro tinha-se pedido aos 3 grupos de profissionais (Assistentes Sociais, Psicólogos e Educadores Sociais) que efectuassem uma reflexão prévia sobre um conjunto de aspectos considerados relevantes.
Foi com este trabalho que se deu início ao encontro.

Todos os grupos consideraram que a 1ª modalidade de acompanhamento – apoio regular a cada equipa, tinha sido positiva, na medida em que, facilitou a integração das mesmas neste tipo de trabalho o que não tinha sido efectuado até então, clarificou a importância e o papel de cada profissional nesta modalidade de trabalho e também permitiu encontrar o modelo onde todos pudessem interagir de uma forma qualificada. Por outro lado, consideraram que ajudou a organizar os Gabinetes, assim como, a clarificar e harmonizar procedimentos técnicos e a reflectir sobre novas metodologias de intervenção social mais susceptíveis de provocar mudanças.
Como ponto negativo foi apontado o facto de ter havido alguma rotatividade dos técnicos de algumas equipas o que tornou pouco eficaz o acompanhamento a estes profissionais.

Quando aos “Encontros entre Pares” os Assistentes Sociais referiram que os mesmos ficaram abaixo das suas expectativas. Da reflexão que foi efectuada a esta apreciação, conclui-se que, o grupo teve alguma dificuldade em identificar as questões que gostaria de ver reflectidas entre pares.

Os outros profissionais consideram que estes Encontros tinham sido extremamente úteis, na medida em que, facilitaram o conhecimento e a interacção entre os colegas. Por outro lado, favoreceu a troca de experiências, a melhoria de conhecimentos, o desenvolvimento de novas metodologias e a realização de actividades entre os vários Gabinetes.

Os Psicólogos apontaram como a maior dificuldade a ausência de supervisores no desenvolvimento do trabalho. Consideram que seria muito útil ter a possibilidade de reflectir com um profissional experimentado neste domínio de trabalho, a sua intervenção.

O grupo dos Educadores Sociais realçou a dificuldade inicial de integrarem o seu trabalho na equipa devido ao facto de as Assistentes Sociais assumirem um papel relevante nas mesmas e os Educadores Sociais os coadjuvarem devido ao volume de trabalho. Este obstáculo está completamente ultrapassado.

Na 2ª parte da reunião reflectiu-se sobre a necessidade de novas formas de reflexão e acompanhamento técnico. Após grande discussão, concluiu-se que, os Encontros entre Pares deveriam prosseguir, na medida em que, continuam a responder às necessidades dos técnicos.

Avançou-se, então para outra forma de acompanhamento a qual surgiu a partir das seguintes preocupações: necessidade de aprofundar a reflexão multidisciplinar e a necessidade de aprofundar a partilha com as diferentes equipas.

Tendo em conta, o nº de Gabinetes e o nº de técnicos foi necessário definir critérios para que reflexão fosse possível, viável e funcional. Por este motivo, optou-se por criar 2 grupos de trabalho: um constituído pelos GAAS com Protocolos do RSI e outro grupo com os GAAS com Acordos Atípicos, visto que, existem entre eles características e identidades semelhantes.

Decidiu-se que, uma vez por ano, organizar-se-ia um encontro geral para troca de experiências.

A 3ª. parte da reunião foi orientada pela Dra. Luísa Costa tendo a mesma dado algumas informações gerais e auscultado os técnicos sobre as implicações deste acompanhamento na participação no NLI e finalmente sobre o papel dos Gabinetes nas CSIF.

A minha apreciação pessoal a reunião é a de que para além de ter sido uma boa oportunidade de participação de todos no processo de avaliação ao trabalho que se realiza com as equipas e que se pretende que responda às necessidades reais dos técnicos foi particularmente um momento de consolidação e de viragem de um grupo profissional empenhado e dedicado uma causa difícil, complexa mas desafiante.

Maria Alexandra Constantino

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